Gênesis 26:21-28, iluminado for um feixe de luz divina, o propósito foi consolidado. Nesse contexto, Isaque mudou-se com sua família e seus rebanhos para os termos de Gerar, no domínio dos filisteus, face uma grande fome haver se instalado sobre Canaã. Era inegável que a bênção do Senhor era sobre a vida de Isaque, chegando sua lavoura produzir a "cem por um" logo no primeiro ano e seus rebanhos se multiplicarem sobrenaturalmente. Tudo isso despertou a inveja dos filisteus e eles logo cuidaram em fechar os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, cavaram na sua época. Na seqüência, encontramos os filisteus pedindo a Isaque que fosse embora de seus domínios, pois estavam incomodados com as conquistas e a prosperidade que Deus estava dando ao Seu povo. Mas era chegado o momento de cavar novos poços, visto que sem água não conseguiriam sobreviver. Os servos de Isaque cavaram o primeiro poço e, por causa da contenda entre os pastores, o servo de Deus resolveu chamá-lo de Eseque. Em seguida, os servos cavaram outro poço e, mais uma vez, houve discussão; razão porque chamaram o poço de Sitna. Quem de nós nunca provou as águas amargas dos poços Eseque e Sitna? Tem momentos da caminhada que as lutas e adversidades teimam em nos fazer desistir, imprimindo em nossa vida as marcas do desalento e da decepção. Cavar outro poço nessas horas parece ser uma vã tentativa, algo que merece ficar fora de cogitação. Mas Isaque fez diferente, apesar das tentativas frustradas e da incessante perseguição dos filisteus. Ele se mudou dali e cavou outro poço, mas não houve discussão por causa dele. O nome que o último poço recebeu nos convida a uma pausada reflexão, em virtude da significação especial que denota. Reobote, este era o nome do terceiro poço. O nome Reobote significa "alargamento" ou "amplitude". Tem muito a ver com a fase de prosperidade que Deus reserva para aqueles que são perseverantes, que não se rendem diante das perseguições e das cenas chocantes que querem "encher" nossos olhos. Reobote é o lugar onde Deus reafirma Sua aliança para o crente (v. 23), que o crente edifica um altar e invoca o nome do Senhor. Por que não falar ainda da retratação dos inimigos, onde Deus nos honra diante de todos eles (vs. 27,28).

Passados os tempos de crise e perseguição, ou até mesmo durante eles, devemos sempre ter um "lugar espaçoso" para fazer a nossa alma descansar. Vamos decidir agora se ficamos convivendo com as agruras de Eseque e Sitna ou se cavamos um Reobote. Prefiramos a última opção. Pensemos nisso!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

:REOBOTE:


Era tempo de seca. A fome sobreveio de tal maneira que Isaque cogitou em seu coração ir para o Egito. Lá ele encontraria água. Água para matar sua sede e de sua família, água para o gado, água para seus servos. Naquela região árida da Palestina água era sinônimo de prosperidade e o Egito, com o seu rio, o Nilo, era o próprio sonho de vida abundante.

Mas o Senhor lhe apareceu e disse: “Não desça ao Egito”. E disse mais o Senhor: “Fica na terra que eu lhe disser”.

Isaque foi obediente à ordem do Senhor e ficou ali, na terra de Gerar, e ali, também, começaram suas dificuldades.

Primeiro, os habitantes da terra se interessaram por sua bela esposa, Rebeca, e, temendo por sua segurança, Isaque seguiu o exemplo de seu pai, Abraão, e mentiu covardemente para preservar sua vida. A prosperidade veio e, com ela, a inveja do povo da região que entulhou seus poços. A preciosa água se esgotou. Em seguida Abimeleque, rei dos filisteus, o “convidou” a se retirar dali.

Assim Isaque saiu daquela região, com medo por sua vida, sem lugar certo para ir, sendo odiado pelos moradores daquela região.

Depois de peregrinar, ele encontrou lugar onde ficar e passou a construir a base que garantiria o seu sustento: cavou poços.

Ao cavar o primeiro poço encontrou água. E é claro que muito deve ter se alegrado. Agora poderia prosperar naquela terra, o Senhor cumpria a sua promessa de estar com ele naquela região seca e difícil. Mas, os pastores daquela região, lhe disseram: “Esta água é nossa” e tomaram-lhe o poço. Isaque chamou este poço de “Poço da Contenda”, pois foi isto que encontrou.

Neste momento, Isaque deve ter questionado Deus: onde, afinal, estava a promessa do Senhor? Vivia em uma região hostil, os moradores não gostavam dele, seus poços foram entulhados, foi obrigado a abandonar sua primeira moradia, vagou até encontrar uma região para morar, cavou diligentemente um poço para si e, quando acha água, esta lhe é roubada. Onde está Deus?

No Egito tem água, tanta água que não se briga por ela, porque não ir para lá?

Isaque preferiu continuar obediente ao que Deus havia lhe dito. Provavelmente sendo questionado por todos, ele continuou.

Cavou o segundo poço e, novamente, encontro água. Novamente comemorou e novamente deu glórias a Deus, mas novamente contenderam com ele e, mais uma vez, Isaque foi roubado. Por conta da hostilidade daquele povo, Isaque chamou este poço de “Poço da Inimizade”, pois, cavando para procurar água, ele encontrou inimigos.

Desta vez os questionamentos de Isaque devem ter atingido as raias da revolta: O que é que Deus deseja, afinal? Porque impedi-lo de ir ao Egito para ficar padecendo neste lugar? Porque continuar se Deus o chamou para uma terra árida, sem água, repleta de inimigos e contendas, sendo perseguido por todos?

Lá no Egito há água e não há inimizade, nem contenda, pois há fartura para todos.

Perseverou mais uma vez Isaque e, mesmo contra todas as probabilidades, cavou outro poço. Mesmo sem saber se encontraria água e mesmo sabendo que, ao encontrá-la, provavelmente teria mais um poço roubado, ainda assim, ele preferiu manter-se fiel e continuou cavando poços.

Encontrou água, pela terceira vez. E, desta vez, não contenderam pelo poço. Finalmente Isaque encontrou o seu lugar de prosperidade, finalmente encontrou o seu Reobote, e foi este o nome que deu ao poço: Reobote, que significa lugar de prosperidade.

Naquela mesma noite, o Senhor lhe apareceu e lhe disse: “Não temas, porque eu sou contigo”. Era como se Deus lhe dissesse, em tudo o que você passou até aqui eu estive acompanhando e zelando por você, em todos os momentos eu estava do seu lado livrando sua vida, mas era necessário que você trilhasse este caminho até conquistar o seu Reobote.

Este ano se inicia e talvez você, assim como eu, esteja se sentindo cansado e desanimado de cavar poços, sentir a vitória nas mãos e ser roubado. Às vezes cavamos muito mais que três poços e não encontramos o nosso Reobote, mas eu te digo que é melhor vagar no deserto com o Senhor que está em mananciais de água longe Dele.

Muitas vezes, sentimo-nos assim, sendo roubados, vez após vez, em uma terra seca e hostil. E muitas vezes sentimos a tentação de ir ao Egito, de agir conforme nossas próprias vontades, na força do nosso braço, conforme os conselhos e valores que permeiam este mundo.

Mas a verdade é que lá no Egito poderemos até encontrar água, mas voltaremos a sentir sede. No entanto, o Senhor nos diz que Ele nos oferece água que será fonte a jorrar de dentro de nós para a vida eterna.

E nunca mais teremos sede.

Não desista.

Persevere.

*FONTE: Pr. Denilson Torres

Ministério Fruto do Espírito

www.frutodoespirito.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

:CREIA NISSO:

:CREIA NISSO:

:DEIXANDO DEUS SER DEUS:

CONTADOR DE ACESSOS